Apesar de estarmos a nove meses das eleições de 2018, as pesquisas mostram o que está passando pela mente do eleitor, aquele que elege o presidente, governador, senador, deputados. Analisando dados de pesquisa da Doxa, chamou-me a atenção o grande percentual de pessoas que tendem a votar nulo ou que não querem participar das eleições do próximo ano. Essa média gira em torno de 40%. Chamo isso de votos flutuantes. Ai veio a pergunta: quem são esses eleitores? Então, tracei o perfil, nesse momento, desses eleitores flutuantes.
•Em se tratando de gênero, há pouca diferença entre homens e mulheres. O índice dos homens é de 32,4% e mulheres 33,7% que estão indecisos ou que tendem a votar nulo;
•Quant à faixa de idade a flutuação maior é na faixa de 35 a 44 anos, 37,7% e acima de 59 anos, 36,5%. Na faixa jovem a flutuação é de 32,7%; as menores flutuações estão nas faixas de 25 a 34 anos, 30,5% e de 45 a 59 anos, 30,6%;
•Chama a atenção o nível de escolaridade: quanto mais aumenta o nível de instrução, mais aumenta a indecisão desse eleitor: Sem escolaridade, 30,8%; Fundamental, 31,1%; Médio, 32,6%; Superior, 39,2%; Pós-Graduação, 66,7%.
•Situação semelhante ao nível de escolaridade é quanto à renda: quanto mais aumenta o nível de renda, mais aumenta a indecisão e a tendência a anular o voto: até 1 Salário Mínimo, 27,6%; De 1 a 3 Salários Mínimos, 34,8%; De 3 a 5 Salários Mínimos, 48,1%; acima de 5 Salários Mínimos, 52,6%;
•Quanto à religião, a flutuação maior está entre os evangélicos, 37,0%; 32,1% entre os católicos. Os que se declaram sem religião, a flutuação é de 29,5%; e os de outras crenças está em 30,3%.
•Quanto às mesorregiões do Pará, o maior nível de flutuação é no Sudoeste Paraense, chegando a 42,4% de eleitores indecisos ou que tendem a anular o voto.