Com a modificação do processo eleitoral e a ausência das coligações para cargos proporcionais, o jogo político entre os partidos ficou bem mais competitivo. Os vereadores na eleição de 2020 já experimentaram conviver com essa nova regra. Agora os candidatos a deputados estadual e federal estão experimentando fazer uma campanha sem coligação. Agora é o time de cada partido ou federação que disputa com outros e internamente.
É importante salientar que com essa nova regra eleitoral a quantidade de sobras é bem mais alta do que na regra anterior. Por exemplo, pelo estudo, 11 vagas seriam preenchidas diretamente, sobrando 6 para serem redistribuídas pelas maiores sobras de cada partido. O que torna a disputa mais competitiva é que o partido que não atingir o quociente eleitoral pode participar da distribuição da sobra desde que atinja 80% do total do quociente. Antes se não atingisse o quociente o partido estava de fora.
No estudo que estamos divulgando encontramos um acirramento nunca visto na história política do Pará. Além da disputa com os adversários partidários, está havendo uma tensa disputa interna dos candidatos de cada partido. Essa disputa se dá principalmente no MDB onde existem em torno de 10 candidatos fortes com poder de articulação de grupos e de recursos que tentam conquistar em torno de 6 vagas que é o que o partido pode fazer dentro das regras eleitorais. Se a eleição fosse hoje, o partido faria 6 deputados, podendo chegar até 7, tendo em vista a sobra ser alta. Estariam nesse podium emedebista: Alessandra Haber, Elcione Barbalho, Priante, Keniston, Olival Marques e Renilce Nicodemos. Por outro, é tênue a linha que separa esses candidatos de Andréia Siqueira, Antonio Doido e Henderson Pinto.
As 6 sobras vão ser bem disputadas entre os seguintes partidos: PDT, PSDB/CIDADANIA, Republicanos, PT/PCDOB/PV, PSB, MDB (7ª vaga), PP e PSD. No PDT o candidato que disputa uma das vagas é Miro Sanova; já na Federação PSDB/CIDADANIA a disputa interna está entre Arnaldo Jordy e Lena Pinto. No PSD a disputa se dá entre Júnior Ferrari, Eduardo Costa e Raimundo Santos. O PT/PCDOB/PV que faz um direto e podendo fazer um na sobra, a disputa é entre Airton Faleiro, Ana Júlia e Dilvanda Faro. O UNIÃO que, segundo o nosso estudo, faz 1 cadeira, a briga para ocupar essa vaga é entre Celso Sabino e Hélio Leite. Já no PTB que faz um candidato direto, podendo fazer outro na sobra, a disputa fica por conta de Márcio Miranda e Paulo Bengston. NO PSB não tem disputa interna, Cássio luta para seu partido conseguir boa votação, e, na sobra, ficar com uma cadeira. Assim como o PP e Republicanos que tem, ambos, apenas 1 candidato expoente.
Como se percebe, são 4 dias de intensas articulações, viagens, visitas, corre-corre, tudo em busca da conquista desse tão importante voto que vai levar os 17 deputados à Brasília.
Equipe Doxa
Comments