Em todos os períodos eleitorais, milhares de pessoas são contratadas para trabalhar nas campanhas em todo o Brasil. Empresas de marketing político, institutos de pesquisas, mão-de-obra para logística, entre outras funções, fazem parte desta enorme engrenagem que faz uma campanha eleitoral acontecer.
Seja para o pleito de prefeitos e vereadores, ou presidente, governadores, senadores e deputados, muitos trabalhadores estão envolvidos no processo. E uma das funções mais marcantes nessas campanhas eleitorais, é a de prestadores de serviço que vão para às ruas, acompanhar o candidato, fazer panfletagem, colar cartazes ou balançar bandeiras. São aqueles que fazem o trabalho de corpo a corpo.
Em parceria com a Fundação Verde Herbert Daniel e a EcoAmazon, o Instituto Doxa, realizou uma pesquisa acerca do perfil socioeconômico dos trabalhadores - prestadores de serviço e militantes políticos que atuam como agentes de identificação visual e entregadores de panfletos dos candidatos à cargos eletivos no Pará.
O recorte amostral foi realizado no dia 26 de Setembro de 2022 em bairros periféricos e zonas centrais da capital, Belém.
Foram colhidas 400 entrevistas, de grupos variados , representantes de diversas candidaturas, partidos e federações. Foram analisados diversos pontos, como idade, sexo, educação, religiosidade, ocupação e expectativa quantos aos resultados das eleições.
Os resultados da pesquisa mostraram que entre os entrevistados 32,8% têm entre 25 e 34 anos de idade, 26,3% têm entre 35 a 44 anos de idade e que apenas 4,3% tem acima de 60 anos de idade.
Quanto ao sexo, em sua maioria são mulheres, que corresponde a 68,8% e 31,2% são homens. Na questão da escolaridade, grande parte está no ensino médio, cerca de 70,8%, seguido de 23,8% no ensino fundamental, 4% com ensino superior e pós, e 1,5% sem escolaridade.
No quesito sobre a renda familiar 59,5% estão entre 0 à 1 salário mínimo; 38,8% estão entre 1 e 2 salários mínimos; 1,3% acima de 2 a 3 salários e somente 0,5% acima de 3 a 4 salários mínimos.
Entre os entrevistados, a base religiosa é predominantemente católica, com 53,8%. Os evangélicos somam 29,3%, logo atrás aparece os que declararam não seguir nenhuma religião, que corresponde a 15%. Seguido de 1,8% de entrevistados com religiões de matrizes africanas e ainda 0,3% de budistas.
Os entrevistados durante a pesquisa, revelam uma expectativa positiva quanto aos próximos governantes, onde para eles, 31,5% acreditam que a saúde irá melhorar no próximo governo. 31% acreditam também que a geração de empregos irá aumentar, 9,5% pensam que haverá maiores investimentos na educação e consequentemente se tornando melhor.
Uma parcela de 7,2% entendem que a segurança terá melhorias e também 9,5% apontam confiabilidade que em todas as alternativas irão ocorrer melhorias.
Já com relação ao país, 72% acreditam que tudo irá mudar para melhor, 11% acreditam que vai continuar a mesma coisa e 10% que nada mudará.
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